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Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva

Síndrome do Pânico: Relato de Marcelo Serrado e Reflexões sobre Saúde Mental

Introdução

A síndrome do pânico foi o tema central do desabafo do ator Marcelo Serrado, exibido no Fantástico no dia 9 de junho. Em suas redes sociais, Serrado compartilhou sua experiência com crises de pânico durante uma viagem de férias com a família. Seus vídeos destacaram um problema de saúde mental que afeta muitas pessoas: a síndrome do pânico.

Relato de Marcelo Serrado

Marcelo Serrado relatou, em duas postagens, suas crises de pânico ocorridas durante a viagem. O primeiro vídeo, publicado há 15 dias, foi gravado pouco depois de chegar a Orlando, nos Estados Unidos. Marcelo descreveu como, ao fechar a porta do avião, começou a sentir sintomas de uma crise de pânico: boca seca, pés gelados e a necessidade de se cobrir com uma manta.

No segundo vídeo, postado recentemente, Marcelo compartilhou outra crise de pânico que ocorreu no aeroporto de Miami, antes de retornar ao Brasil. Ele descreveu o desespero ao sentir que não conseguiria embarcar: “Eu não vou embarcar, eu não vou conseguir, pelo amor de Deus, eu tô tendo um troço aqui.”.

A Entrevista e o Diagnóstico

De volta ao Brasil, Marcelo detalhou suas experiências ao programa Fantástico. Ele explicou que as crises de pânico começaram em dezembro de 2020, durante a pandemia de COVID-19, após a perda de um amigo próximo. Inicialmente, não soube identificar os sintomas e buscou ajuda médica, onde foi diagnosticado com crise de pânico associada à ansiedade.

Explicação Médica

O Dr. Márcio Bernik, especialista em transtornos de ansiedade, esclareceu a diferença entre o medo de avião e uma crise de pânico. Segundo ele, o medo de avião está relacionado ao medo de acidentes aéreos, enquanto a crise de pânico envolve o medo das reações do próprio corpo e do desconforto emocional prolongado. Sintomas comuns incluem coração acelerado, falta de ar, boca seca e tremores.

Tratamento e Terapia

Marcelo Serrado destacou a importância do tratamento adequado para a síndrome do pânico, que inclui medicação e acompanhamento psiquiátrico. Ele ressaltou o erro de parar de tomar remédios sem orientação médica, o que pode aumentar a chance de recidiva das crises de pânico. A terapia é essencial para ensinar como lidar com as sensações e evitar que estas afetem negativamente o comportamento.

Apoio e Compreensão

O Dr. Bernik também falou sobre o papel crucial do apoio das pessoas próximas aos pacientes com síndrome do pânico. É fundamental evitar entrar em pânico junto com o paciente ou minimizar seus sintomas como “frescura”. Em vez disso, é importante oferecer compreensão e confirmar que a pessoa está realmente passando por um momento difícil, mas que provavelmente nada de muito ruim acontecerá.

Conclusão

A síndrome do pânico é um dos transtornos psiquiátricos mais fáceis de tratar, com um índice de resposta terapêutica de 98%. Marcelo Serrado concluiu sua entrevista com uma lição valiosa: viver o presente, manter a leveza na vida e continuar fazendo o que ama. A experiência de Marcelo destaca a importância da conscientização sobre a saúde mental e do apoio contínuo para quem enfrenta esses desafios relacionados à síndrome do pânico.

ENTREVISTA COMPLETA NO GLOBO PLAY:

Referências

  1. GloboPlay. (2024). Vídeo de Marcelo Serrado no Fantástico
  2. American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.).
  3. Bernik, M. (2024). Entrevista no Fantástico.
Dra. Ana Beatriz Barbosa

Dra. Ana Beatriz Barbosa

Médica graduada pela UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) com residência em psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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